terça-feira, 11 de março de 2008

Ei, Garoto! Me dá um sorvete!

HISTÓRIA

Fundada por Henrique Meyerfreund, a Garoto surge no fim da década de 20 como uma pequena empresa familiar produtora de balas. O negócio recebe o amistoso nome “Garoto” graças aos jovens vendedores de rua que ofereciam as guloseimas nos pontos de bonde de Vila Velha, cidade capixaba vizinha da capital Vitória e onde a Garoto tem sede instalada desde sua criação.

Em 1936, adentra no ramo de chocolates e especializa-se na área. Desde então a empresa veio numa escalada quase ininterrupta (não fosse uma crise durante a 2ª Guerra Mundial) e tornou-se uma das três maiores do país na atividade, dona de mais de 20% do mercado. Passou também a exportar para 45 países, em todos os continentes, beneficiando-se da boa estrutura do complexo portuário de Vitória.

A partir da virada do século, a Garoto passa a ser assediada pela multinacional suíça Nestlé, líder do setor alimentício no país. Os rumores se confirmam em 2002, quando se inicia um dos mais demorados processos de compra do Brasil, em que a Nestlé tenta completar a aquisição da Garoto num jogo de idas e vindas recheado de pareceres jurídicos, ressalvas do CADE (alegando excessiva concentração de mercado) e influência dos trabalhadores da empresa capixaba, em clima de constante tensão. Sem poder fundir as marcas nem abandonar as atividades da Garoto, o processo encontra-se teoricamente em aberto, ainda que a Justiça tenha determinado ganho de causa ao conglomerado europeu em abril de 2007.

Desde que assumiu o controle, a Nestlé transformou um prejuízo de R$ 11,4 mi auferidos pela empresa brasileira em 2001 num lucro de R$ 87,2 mi em 2006, apresentando no mesmo período um crescimento de 84% no faturamento bruto, que superou 1 bilhão de reais. Ressaltando a boa fase vivida pelo grupo, em 2006 a Garoto é premiada pela Fundação Getúlio Vargas como a melhor empresa do país no setor de alimentos, além de ocupar o 2º lugar no segmento de Alimentos, Fumo e Bebidas do ranking do anuário Melhores & Maiores da revista Exame.

Em 2007, foram anunciados investimentos superiores a R$ 200 milhões na planta de Vila Velha, a maior fábrica de chocolates do conglomerado suíço. Esse importe deverá ampliar em 25% a capacidade produtiva da fábrica, além de expandir em 50% os gastos com marketing. Mais R$ 20 milhões foram investidos na fábrica de sorvetes da Nestlé em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para a produção de 1 milhão de litros dos sorvetes Garoto para seu ano de estréia, 2008.

A linha de sorvetes tenta repetir o sucesso dos principais produtos da companhia, como os drops de hortelã, os chocolates em pó para uso doméstico e as caixas de bombons sortidos.

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