quarta-feira, 12 de março de 2008

Editorial

COMEÇANDO DO ZERO

Esse jornal que você tem em mãos é o pontapé inicial de um projeto que vai muito além de um simples mural de textos escritos por estudantes de economia, administração, ciências contábeis ou ciências atuárias. O Arauto dá início, com a publicação dessa edição zero, a uma tentativa de aproximar alunos, professores
e toda a comunidade que faz com que exista a FEA-USP.

Tudo o que foi feito até a publicação dessa edição é apenas parte da formulação de um projeto que agora se concretizou e que precisa contar com a colaboração de todos que acreditarem e que quiserem embarcar nele. Daqui pra frente, essa não pode ser apenas a iniciativa de uns poucos alunos que se uniram para transformar em realidade o que tinham na cabeça.

Por isso, todos estão bem-vindos para participar da elaboração do jornal. Elaborar um jornal pressupõe diálogo, discussão, não apenas a publicação de textos. Debater, questionar, negociar, tudo isso é essencial para que consigamos fazer um trabalho mais honesto com o leitor. Para iniciar esse diálogo, formamos um Conselho Editorial, que estará disponível a todos sempre que possível. Basta procurar por um dos nomes que assinam esse editorial.

Estaremos disponíveis não apenas para ajudar os que pretendem escrever para o jornal, mas também para que vocês nos auxiliem a dar forma ao projeto. Para isso, precisamos ouvir os conselhos dos leitores – que, embora com ‘c’ minúsculo, são muito mais importantes para o êxito do jornal do que o Conselho Editorial, em maiúsculas.

Antes mesmo de O Arauto ser impresso, críticas anônimas e sem qualquer embasamento tentaram rotular esse jornal como um meio de ensinar os feanos a escrever, como um espaço que prega pela qualidade jornalística. Muito pelo contrário. Basta ler do começo ao fim qualquer matéria dessa edição para ver as dificuldades e os tropeços que nós do Conselho Editorial enfrentamos. Mas também é possível perceber a tentativa de produzir conteúdo com base em muita pesquisa, muita leitura e muita preocupação com a veracidade e a credibilidade de tudo o que está sendo escrito.

Para que a credibilidade exista, pertence a esse projeto um objetivo fundamental, que estamos perseguindo desde já: a conquista da autonomia. A autonomia financeira está totalmente ligada à autonomia editorial – embora muitos prefiram acreditar que o patrocínio seja uma forma de evitar confrontamento com aqueles que estão bancando a produção do jornal.

Apenas a impressão, uma das várias etapas para chegar ao resultado final desse jornal, foi financiado pelo Centro Acadêmico Visconde de Cairu, graças ao voto de apoio da maioria dos alunos presentes em uma reunião geral do CA aberta aos feanos. Esse voto foi dado por pessoas que ouviram de nós, do Conselho Editorial, o compromisso de buscar patrocinadores assim que a edição zero estivesse pronta. Aqui está.

A tiragem e os custos foram reduzidos ao máximo. O custo zero de diagramação e a busca por um preço mais baixo do que o cobrado pela gráfica do jornal do Centro Acadêmico foram duas conquistas de O Arauto. Contamos com os leitores para ajudar na distribuição do jornal e também com qualquer forma de colaboração. Assessoria jurídica, jornalística, publicitária, todo tipo de ajuda é bem-vindo.

Estamos começando do zero. Da edição zero. O Arauto promete, a partir daqui, trazer muitas novidades para os feanos: debates, seminários, discussões. Nas próximas páginas, já está feito o convite para um debate sobre a participação da FEA na implementação de um novo padrão contábil no Brasil, o IFRS – um artigo do mestrando Carlos Eduardo Quinteiro explica com mais detalhes o que significa essa sigla e o que deve acontecer com essa mudança. Essa questão, aliás, continuará sendo uma das questões abordadas no Blog dO Arauto (http://blogdoarauto.blogspot.com/).

Trazemos também um extenso dossiê sobre a implementação da TV Brasil, uma TV pública em rede nacional que deve sair do forno nos próximos meses. A entrevista feita com o jornalista Reinaldo Azevedo sobre esse assunto é um dos trunfos dessa edição, que traz matérias sobre negócios, tendências, cultura e até mesmo moda – um guia completíssimo sobre como se vestir para uma entrevista de estágio, de emprego.

A edição zero de O Arauto está aí. Agora, você é nosso leitor, mas queremos que você participe conosco daqui pra frente. Pode ser?

CONSELHO EDITORIAL
Cláudia Lima
Conrado Ferrato
Felipe Insunza
Luiz Felipe Fustaino
Yuri Bialoskorski

Voltar para a página inicial

4 comentários:

Daniela Brasileira Insone disse...

Por começarem com uma entrevista do Reinaldo Azevedo, começaram bem.

Começaram com coragem, independência, desprendimento, ousadia. Essas coisas deveriam ser comuns a todo estudante, mas infelizmente se tornaram minoria, exceção.

Por isso, parabéns!
Parabéns também pela qualidade do texto.

Em frente, que há em nosso país uma carência absurda de gente que saiba verdadeiramente questionar o mundo e ser honesto intelectualmente.

Weluger disse...

"QUALIDADE DO TEXTO"...

Quando os usuários de computadores usarão um português de qualidade? Bem, alguns usam o internetiquês mas sabem um pouquinho de portuga.

Às vezes, caio na besteira de mostrar alguns textos de Reinaldo Azevedo a frequentadores que conheço em Cybers. Sou recebido com desdém.

É incrível ver que as pessoas não sabem o mínimo de português. E o pior: não querem aprender.

Sou surrupiador de textos, bons, é claro.

Sucesso!

J. Sepúlveda disse...

Não tive oportunidade de conhecer por inteiro o número zero do Arauto.
Mas gostaria de cumprimentá-los pelo nome, pela qualidade do texto do editorial e, sobretudo, por terem mostrado total independência em relação à mídia em geral, ao entrevistarem um jornalista como Reinaldo Azevedo.
Parabéns!

J. Sepúlveda disse...

Não tive oportunidade de conhecer por inteiro o número zero do Arauto.
Mas gostaria de cumprimentá-los pelo nome, pela qualidade do texto do editorial e, sobretudo, por terem mostrado total independência em relação à mídia em geral, ao entrevistarem um jornalista como Reinaldo Azevedo.
Parabéns!